quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Flona São Francisco de Paula, o refúgio das araucárias



Um lugar para pesquisar, passear e ver a natureza preservada. Este lugar existe? Existe. Este local é a Flona, Floresta Nacional de São Francisco de Paula, administrada pelo ICMBIO - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Trata-se de uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável, com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas. O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é  conservar a natureza usando, de maneira sustentável, seus próprios recursos naturais. A FLONA localiza-se no município de São Francisco de Paula, nordeste do Rio Grande do Sul, onde se encontram os campos de cima da serra e as matas com araucária (ou Floresta Ombrófila Mista ou Mata Atlântica). A região é uma das mais úmidas do estado, com pluviosidade superior a 2.000mm e com temperatura média anual de aproximadamente 14,5° C. Aqui faz calor no verão e no inverno tem geada e neve.



A Unidade tem uma área de 1.606 hectares, com altitudes superiores a 900 metros e faz parte da área abrangida pela Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, sendo considerada uma região de “alta” a “altíssima prioridade” para a conservação pelo Workshop de Áreas Prioritárias para a Conservação da Mata Atlântica.

A trilha das araucárias centenárias (com 4.490 metros) está disponível aos visitantes, com o acompanhamento de um guia da FLONA e agendamento prévio. E para lá fomos. O caminho sinalizado dá acesso as araucárias centenárias (com mais de 400 anos) e ao mirante, com vista para a Cascata da Usina (com 75m de queda), Perau do Macaco Branco, floresta nativa e o povoamento de araucária, de 1946. Este plantio de araucárias ocorreu em função do mercado madeireiro. As serrarias cortavam as árvores, principalmente para exportação. As matas passaram a desaparecer e na época, o Instituto Nacional do Pinho, estimulou o plantio das araucárias para manejo florestal, mas o crescimento lento não despertou interesse comercial. Então a espécie exótica pinnus (taeda e elliottii), de crescimento rápido (pode ser cortada em oito anos) foi a opção para as serrarias e abastecimento do mercado. Assim a floresta de nativas e araucárias foi preservada.



Quem nos levou para a caminhada de observação de flora e fauna foi a agência Caminhos de Cima da Serra, especializada em trilhas na região para caminhantes, que queiram interagir com o ambiente e a cultura local. Das primeiras observações na FLONA-SFP foram os reflorestamentos de Araucaria angustifolia (390 ha), Pinus taeda e P. elliottii (229 ha), Eucalyptus (34 ha), além de outras essências, com fins comerciais. Um total de 600ha mostram uma cobertura vegetal heterogênea, que convivi em harmonia. A floresta nativa ocupa mais de 900 ha. Também ocorrem pequenos trechos de campo nativo e banhado. Este mosaico de ambientes naturais e construídos resulta em uma considerável riqueza de espécies de fauna e flora, que podem ser observadas ali. E assim os caminhantes chegam ansiosos para iniciar a trilha.

O local também é muito procurado pelos observadores de pássaros. Grupos do mundo todo têm, em São Francisco de Paula, parada obrigatória. Destaca-se a grande riqueza da avifauna, composta por mais de 210 espécies, residentes ou migratórias, além da presença de mamíferos ameaçados de extinção, como o leão-baio (Puma concolor) e o bugio-ruivo (Alouatta guariba).

Durante a caminhada é comum ver pegadas de todos os tipos: cutia, gato do mato, assim como avistar jacus, garças e ver marcas na terra de tatus, que fazem buracos para se esconder. Seja dos homens ou dos animais predadores. A pegada mais esperada é a do leão baio e do lobo guará, que foram vistos em armadilhas fotográficas.



Recentemente tem sido registrada a presença do lobo-guará (Chrysocyon brachyurus). Tanto em forma de avistamentos de indivíduo com filhotes, como registro fotográfico de indivíduo através de armadilhas fotográficas (que são analisadas um vez por mês).
 
 Mais de 20% das espécies terrestres, da fauna ameaçada de extinção do Estado, já foram registradas na FLONA-SFP ou em seu entorno próximo, bem como espécies de árvores e arbustos ameaçadas. Com respeito a sua vegetação nativa, apesar desta sofrer grande influência da floresta atlântica, ela apresenta espécies de origem andina e antártica como, por exemplo, a casca d’anta (Drimys winteri) e a própria araucária (Araucaria angustifolia).  Outra particularidade da Flona é ser um refúgio de plantas ancestrais, da época dos dinossauros, como os Lycopodium, que representam uma das classes mais antigas das plantas vasculares, a Lycopodiopsida. A espécie mais antiga desta classe surgiu há aproximadamente 380 milhões de anos atrás. As espécies atuais desta classe são rasteiras, mas no período carbonífero eram plantas gigantes. A espécie Lycopodium clavatum pode ser considerada uma sobrevivente destas antigas plantas vasculares.



E de repente a mata fechada se abre para receber um senhor imponente, a primeira araucária centenária. Araucárias são gimnospermas, plantas que possuem sementes nuas, e que possuem raízes, caule e folhas. Além de ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como as araucárias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas. Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa.

O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo.
Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático.
No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto. Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião.

Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta.

E assim a mata entra no seu ciclo de regeneração. Mais passos e encontramos a araucária fêmea, uma senhora majestosa com mais de quarenta metros de altura.

Outro trecho da trilha que chama atenção é a “avenida de xaxins”. O xaxim é conhecido por seu crescimento lento (1cm por ano) e por gostar de umidade. Nas décadas de 70 e 80, quase foi dizimado pela moda de confeccionar vasos de xaxim para plantios de plantas ornamentais. Atualmente a espécie está protegida por lei. Anos atrás, a área ao redor desta “avenida” estava limpa, sem vegetação alguma. Nem mesmo estes xaxins. Ali foram plantadas araucária, pinhão por pinhão (semente da araucária). E junto com a araucária, a mata se reconstituiu. Numa floresta ombrófila mista tudo gira em torno da araucária.

grupo que participou da caminhada
Nesta imponente árvore tudo é valioso, até mesmo o seu apodrecimento. As copas das árvores derrubadas nos anos 60 eram deixadas na mata. Os galhos apodreceram e os nós que uniam os galhos ao tronco, conhecidos com nó de pinho, parecem brotar da terra como lenha calorífica, que ao ser queimada solta uma resina vermelha, típica dos pinheiros.

Além das trilhas orientadas, diversas são as atividades desenvolvidas na FLONA SFP. A exploração dos recursos florestais visa uma produção madeireira média de 10.000 mst de madeira/ano, conforme previsto em seu Plano de Manejo, sendo também exploradas a semente da araucária (pinhão) e a samambaia-preta, buscando sempre a sustentabilidade da exploração. A FLONA SFP recebe grupos agendados e disponibiliza alojamento, conforme a necessidade, e mediante pagamento de taxas. Estudantes de todos os níveis, pesquisadores, professores e visitantes são público constante. Cerca de duas mil pessoas/por ano visitam a Flona e apreciam a natureza, que se mostra cada vez mais forte neste refúgio na serra sulina.

Para maiores informações: 

Floresta Nacional de São Francisco de Paula/RS

Unidade de Conservação Federal de Uso Sustentável

Caixa postal 79 CEP 95.400-000 São Francisco de Paula / RS.

Fone/fax: (54)3244 1347

Email flonasaofranciscodepaula.rs@icmbio.gov.br

Site: http://www.florestanacional.com.br

Site Oficial: http://www.icmbio.gov.br/menu/instituicao 
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A música clássica mais perto dos serranos

Repertório de Bach é apresentado na Livraria Miragem
Sr. Benjamim Oellgarard trouxe um pouco da cultura clássica para os serranos

O estilo que antes estava apenas nas estantes da sessão de música, impresso nos livros de estudos dessa arte e nas biografias dos grandes compositores clássicos, ganhou espaço especial na Livraria Miragem. No início da noite de sexta-feira (17), por volta das 19 horas, a música clássica teve seu merecido destaque, na apresentação do violinista Benjamim Oellgarard, que abrilhantou o público, no salão de eventos da Livraria, com um seleto repertório de Bach (Johann Sebastian Bach), grande compositor e violinista alemão.
Sr. Benjamim,  que também é professor e botânico da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, esbanjou simpatia ao tentar interagir com a platéia num espanhol carregado de sotaque dinamarquês. Graças à ajuda de seu intérprete, Sr. Paulo Windisch foi possível explicar um pouco do repertório que além de incomum é muito difícil de ser tocado no violino. Segundo contou o violinista, quase todas as peças (canções) de Bach foram compostas para serem tocadas por orquestra ou conjuntos de câmara, sendo muito complicado executá-las apenas com um violino sem o acompanhamento de outros instrumentos. “Algumas poucas peças foram compostas para solos de violoncelo, e estas é possível transpor para o violino”, explicou.
Dessas poucas canções, o violinista apresentou cinco, sendo uma delas do folclore dinamarquês, a qual lhe causou grande emoção ao tocá-la. Após executar as músicas, Oellgarard explicou um pouco do funcionamento e dos materiais utilizados na composição do instrumento, elogiando a madeira nativa de nosso país. “O Pau Brasil é uma madeira resistente e rara, dele se faz ótimos violinos”, disse.
Ao término da apresentação, a proprietária da Livraria, Sra. Luciana Olga Soares, agradeceu ao músico, que trouxe um pouco da cultura clássica para os serranos. “Ficamos realizados com essa apresentação e deixamos a Livraria de portas abertas para novas oportunidades desse nível”, comentou Luciana.

 A apresentação foi bem prestigiada pelo público que lotou o salão de eventos da Livraria Miragem
Texto e fotos Karine Klein

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A arte na rua

Exposição do fotoclube de São Francisco de Paula acontece ao ar livre
O Fotoclube de São Chico apresentou 24 fotos de seus integrantes nesta primeira exposição


À sobra dos plátanos da Avenida Júlio de Castilhos, num dia ensolarado, ocorreu a primeira exposição do Fotoclube de São Francisco de Paula. Com o objetivo de levar a arte fotográfica a todos, a escolha de um local público para mostra dos trabalhos não foi por acaso. Em varais presos nas árvores foram penduradas 24 fotografias que pretendiam mostrar um pouco do que um grupo de apaixonados por essa arte tem feito. Durante todo o sábado (11) as fotos desviaram a atenção da bela paisagem que as árvores formam ao longo da Júlio e convidaram quem passava pela Avenida, na esquina com a Barão de Santo Ângelo, para parar alguns minutos e contemplar as imagens.
Com muita sensibilidade os participantes do Fotoclube mostraram cada um a sua forma de registrar o que veem e comentaram a satisfação em ver seus trabalhos, que caracterizam como um hobby das horas vagas, apreciados por muitos visitantes. “Para nós é muito bom ver que o que nos proporciona momentos de prazer, também é agradável para outras pessoas. Nessa primeira exposição já podemos perceber que o Fotoclube pode e deve continuar. Muitos que passaram por aqui demonstraram interesse em participar com a gente. Isso valeu muito a pena”, dizem.
No caderno de visitas da exposição era possível ver a grande participação das pessoas da cidade e também muitos visitantes de outros municípios gaúchos, como Porto Alegre, Novo Hamburgo, Canoas, Morro Reuter, Barra do Ribeiro e Campo Bom. “O que é mais interessante é que esta exposição não é somente para ser vista. Quem passa por aqui além de olhar, também interage, questiona, sugere...isso tudo é muito válido, trazemos a nossa ótica sobre as coisas e as pessoas nos revelam a sua própria maneira de ver. É muito bom!”, comentaram os idealizadores da exposição.
O Fotoclube, agradece a todos que visitaram essa pequena mostra, o apoio da Gráfica JB na impressão das fotos e a divulgação do Jornal Integração e Rádio Comunidade FM. Lembrando que em breve será lançada a campanha para escolha do seu nome. O Grupo é composto por pessoas que gostam de fotografia e se interessam em aprender um pouco mais dessa arte, numa troca de conhecimentos e experiências. Seguidamente realiza passeios fotográficos e atividades. Qualquer pessoa pode participar , basta entrar em contato com algum membro. Mais informações pelos telefones (54) 9162-8456 ou (54) 9105-1737.
Além dos visitantes da cidade, muitas pessoas de outros municípios participaram da mostra do varal de fotos
*Texto e fotos Karine Klein

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Primeira exposição do Fotoclube de São Chico acontece neste sábado

Das 10h às 18h a exposição ao ar livre acontecerá na Júlio de Castilhos, esquina com a Barão de Santo Ângelo

Como é tradição em diversos municípios gaúchos, os Fotoclubes (ou clubes e associações de apaixonados pela fotografia) realizam suas exposições fotográficas em varais postos em lugares públicos onde as fotos são penduradas à espera dos olhos curiosos de quem passa pelo local. Seguindo este costume, a primeira exposição do Fotoclube de São Francisco de Paula, cujo tema é exatamente esse: a paixão pela arte de fotografar, ocorrerá neste sábado (11) das 10h às 18h na Avenida Júlio de Castilhos, esquina com a Barão de Santo Ângelo, em frente ao boticário e à Miragem Livraria. Em caso de chuva a exposição será transferida para nova data a ser agendada.
O Fotoclube de São Francisco de Paula apesar de ser idealizado há alguns anos é um projeto recente, ainda sem nome definido, que está aberto para adesão de novos membros em qualquer período do ano. Sem fins lucrativos, seu único objetivo é proporcionar durante os encontros, as discussões da arte e os passeios fotográficos, momentos de prazer para seus participantes.
As primeiras reuniões aconteceram em setembro de 2011 e de lá pra cá muitos clics deram o impulso necessário para que o projeto seguisse em frente. Hoje, já com seu estatuto social definido, o fotoclube conta com cerca de dez participantes e em breve lançará um concurso para escolha do seu nome. Esta primeira exposição será uma pequena mostra do que esse grupo de apaixonados por fotografia faz nas horas vagas. “Queremos instigar a curiosidade desse povo, mostrar o que estamos fazendo e que fotografia é uma arte para todos, por isso também a escolha de um local público para facilitar o acesso. Todos que passarem pela avenida poderão parar alguns minutinhos para apreciar”, comentam os idealizadores do projeto.

Como Tudo começou

A primeira vez que surgiu a ideia foi em 2009 quando o idealizador do projeto, o fotógrafo Luiz Barros divulgou no jornal da cidade seu desejo de reunir todas as pessoas que gostavam de fotografia em uma associação, com o objetivo de discutir a arte e ampliar os conhecimentos numa troca de informações. Na época, apenas uma pessoa entrou em contato e compartilhou da mesma vontade. O acaso e a correria do dia-a-dia contribuíram para a não concretização dos planos. Mas em 2011, eis que essas duas pessoas novamente se encontraram e em uma conversa informal, decidiram que era hora de tentar novamente pôr o projeto do Fotoclube em prática. Desta vez, com a ajuda da tecnologia, a idéia foi lançada nas redes sociais e também no Jornal Integração e em pouco tempo, diversas pessoas mostraram interesse.
O Fotoclube realiza suas reuniões quinzenalmente nos domingos, quem tiver interesse em participar ou quiser obter mais informações pode entrar em contato através do fone (54) 9162-8456 ou (54) 9105-1737.

*Texto e foto Karine Klein

Noite serrana é embalada por MPB

O acordeonista recriou na gaita toda a alegria contida na MPB
A trilha sonora: o melhor da Música Popular Brasileira executado no acordeon, o cenário: um ambiente aconchegante onde o clássico e o despojado se encontram. Assim se fez a mistura perfeita na primeira apresentação em carreira solo, no nosso município, do acordeonista Israel da Sois, na noite de sexta-feira (3) na Casa de Chá.
Clássicos como Garota de Ipanema, Aquarela Brasileira, Trem das Onze, Noites Cariocas e tantas outras canções dos grandes mestres da MPB foram apresentadas nessa nova versão, até então inédita no município. E para quem achava que MPB e gaita eram duas coisas que não se misturavam, ficou provado o contrário. O ritmo envolvente e sedutor do estilo, unido à intensidade do som do acordeon formaram uma atmosfera de descontração e alegria.
“Eu e minha esposa trouxemos um casal de amigos de Porto Alegre para assistir ao show e saímos encantados. O acordeonista é muito bom, ele possui muita imaginação. Naquelas músicas que estamos cansados de ouvir, ele cria arranjos diferentes e acaba renovando as canções”, afirma Günter Kleemann, que assistiu a apresentação.
Para Israel da Sois é sempre um grande prazer tocar em São Francisco de Paula. “Cada estilo musical tem hora, lugar e público certos. A MPB caiu como uma luva na Casa de Chá, estou muito feliz de ter tocado aqui”, conta. 
Quem esteve presente prestigiou cerca de duas horas de show

*Texto e fotos Karine Klein

domingo, 5 de fevereiro de 2012

São Francisco de Paula, região serrana do Rio Grande do Sul, é terra de muitas terras. São Chico, terra boa é blog de muitos textos e experiências únicas. Seja bem-vindo!!